Letra:
Ei, você, igrejado ou desigrejado,
Da parede preta ou labareda,
Que fala línguas ou analfabeto,
De terno, chinelo ou sem teto.
Sentar-se no banco no horário.
Não é adoração, é programação.
Cantar sem alma é só repetição,
Adorar sem entrega é encenação.
Repetir o jargão sem noção.
Chega a ser falta de educação.
Não conhece nem mesmo Adão.
Vive de corte do sermão.
Nem Judas foi tão ignorante.
Nem Salomão era tão exuberante.
Nossa guerra não é contra a carne.
Nossa guerra não é contra o sangue.
Mas contra a santa ignorância.
Mas contra a santa ganância.
Na sua imaginação, vêm anjos.
Vem trovões, até sentam em tronos.
Dizem que falam com um Deus.
O que aprenderam? Se só lançam veneno.
Vivem em êxtase em suas bolhas.
Confundem missão com submissão.
Postam versículos, julgam multidões.
Atrás do orgulho, em suas orações.
Na mente: santos. No mundo: tropeços.
Na boca: louvores. Nas mãos: desprezos.
Querem o céu, mas sem deixar o inferno.
Vivem com seu Deus… só de enfeite.
Nem Judas foi tão ignorante.
Nem Salomão, tão exuberante.
Nossa guerra não é contra a carne.
Nossa guerra não é contra o sangue.
Mas contra a santa ignorância.
Mas contra a santa ganância.
Nem Judas foi tão ignorante.
Nem Salomão, tão exuberante.
Nossa guerra não é contra a carne.
Nossa guerra não é contra o sangue.
Mas contra a santa ignorância.
Mas contra a santa ganância.